INICIADO IV

Ainda que eu me recolha sob as águas profundas do ser,

É possível me ver apenas sendo o que sempre fui, desde o amanhecer daquele dia em que o sol se expôs aos meus olhos.

Ainda que eu me curve para receber as bênçãos do amor maior,

São reconhecíveis as palavras que em silêncio traduz.

É sobre o azul celeste do céu que deito minha cabeça para louvar o amor.

Ainda que a morte se vá vestida com sua mais bela roupa, é louvável vê-la nascer de novo, vestindo a minha alma de pura essência.

Ainda que meus pés toquem o solo sagrado, não que fosse o fato de se existir, mas que seja a festa em meu coração, simples e adorada ao que já está escrito nas linhas sagradas dos meus versos.

E ao final sem ter um fim, estou eu a refletir como o mar reflete a lua que chega na noite escura do meu ser.